São Caetano (também grafado erroneamente São Caitano6 7 8 ) é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Administrativamente, o município é formado pelos distritos de Tapiraim, Maniçoba e pelo povoado de Santa Luzia.
A povoação do município tem início em 1838 com a chegada do senhor José Pedro de Pontes, proveniente do município pernambucano de Bezerros. Primeiramente ele estabeleceu-se onde hoje se localiza a sede municipal. No ano seguinte, ergueu uma igreja sob a inovação do São Caetano de Thiene com bênção da imagem do padroeiro feita por um vigário do município de Altinho.
Posteriormente, desenvolveu-se um povoado ao redor do templo, de modo que, em 1844, o povoado foi elevado à categoria de freguesia, denominada Freguesia de São Caetano, e criado o distrito homônimo, pertencente ao município de Bezerros. Mais tarde, a sede da freguesia foi transferida para o povoado de Caruaru, elevada à Matriz, retornando a sua situação anterior em 1859. A localidade tornou-se vila em 1909. Dois anos depois, o distrito de São Caetano passou a integrar parte do território do município de Caruaru.
Além do vasto conteúdo de São Caitano, o museu apresenta um grande acervo cultural e histórico sobre o Sertão nordestino, Agreste e Zona da Mata, apresentando o estilo de vida dos sertanejos.
O visitante pode encontrar material sobre a Guerra de Canudos, Antônio Conselheiro, Luiz Gonzaga, Padre Cícero, o poetaJosé Marcolino, Patativa do Assaré, Zumbi dos Palmares, além de amplo histórico sobre o cangaço brasileiro, inclusive com vídeos originais da rotina do cangaceiro Lampião e seu bando, etc.
O rico acervo rendeu ao museu o título de segundo maior museu de história do sertão no Brasil, perdendo apenas para o Museu do Homem do Nordeste, no Recife. Participou da Feira dos Municípios no Parque do Cordeiro, Recife, e foi premiado como a maior atração do evento.
O museu de São Caetano é, hoje, uma larga fonte de conhecimento para trabalhos escolares e estudos dos mais diversos tipos. Diariamente recebe turmas de escolas, faculdades, turistas e moradores da cidade.
O acervo histórico do museu é rico em objetos e artefatos que fizeram e fazem parte da história do Município desde a sua fundação até os dias de hoje. Além das fotografias, documentários, fitas de vídeo, etc.
Muitas peças históricas vindas de outras cidades do Estado, que contribuem para a história, além dos documentários escritos, muitas literaturas do passado e literaturas atuais, muitas reportagens e documentários em vídeo, estão à mostra.
Além disso, objetos históricos, como um despaldador de café que era usado nas décadas passadas, quando a cidade de São Caetano já contribuía muito para o crescimento do Estado através dos seus cafezais, estão expostos.
Na paisagem seca da caatinga, destaca-se a Pedra do Cachorro, afloramento rochoso de 475 metros de altura - um grande desafio para aventureiros e amantes dos esportes radicais.
Este é o cenário da terceira Reserva Particular do Patrimônio Natural de Pernambuco, uma propriedade de 23 hectares, dos quais 18 foram transformados em unidade de conservação. O título de RPPN foi concedido pela Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) em junho de 2002, devido a bela paisagem natural encontrada na fazenda, além da diversidade da fauna e da flora da região.
Após a titulação, o proprietário, Guaraci Cardoso, assinou um termo de compromisso, assumindo a responsabilidade pela preservação da reserva, um dos requisitos exigidos pelo Decreto Estadual nº 19.815/97, que regulamenta a criação de unidades de conservação de caráter particular em Pernambuco.
Além do valor paisagístico, o levantamento botânico da região, embora tenha sido realizado num curto período de tempo, identificou espécies como a catingueira, o araçá nativo e o angico-de-caroço, espécies de porte médio, presentes em fragmentos bem conservados da vegetação.
O Cruzeiro de Padre Cícero e Frei Damião foi construído no ano de 1984, há cerca de cinco quilômetros do centro de São Caitano e é referência religiosa na cidade.
O início das peregrinações foi marcado pelo réveillon de 1899 para 1900, quando alguns fiéis católicos ergueram no alto da serra uma cruz. A data foi escolhida por ser considerada como tempo forte.
Hoje, mais de cem anos depois, ainda podemos perceber a consistência da tradição: São centenas de fiéis que saem de suas casas durante a madrugada da Sexta-Feira Santa para acompanhar a Via Sacra, meditando as 14 estações da morte e paixão do Senhor.
Durante todo o dia da sexta-feira a Igreja é aberta aos fiéis. A partir das 15hs, que é a hora em que Cristo morreu começa a celebração da Paixão, e em seguida a procissão com a imagem do Senhor morto, seguindo pelas principais ruas e avenidas, arrastando grande número de pessoas.